Saúde

Asston Pharmaceuticals prepara entrada na bolsa com IPO de R$ 27,56 crores

Abertura oficial da oferta pública

A Asston Pharmaceuticals Limited, empresa especializada em produtos farmacêuticos e nutracêuticos, com sede em Navi Mumbai, Maharashtra, anunciou que abrirá a sua Oferta Pública Inicial (IPO) no dia 9 de julho de 2025. A operação tem como objetivo captar aproximadamente ₹27,56 crores. As ações serão listadas na plataforma de pequenas e médias empresas da BSE Limited (BSE SME).

A emissão será realizada por meio de um processo 100% book building, de acordo com os regulamentos estabelecidos pela SEBI (Securities and Exchange Board of India).

Distribuição das ações

A estrutura de alocação das ações da IPO da Asston será a seguinte:

  • Investidores Âncoras (QIB Anchor): até 6.35.000 ações ordinárias

  • Investidores Institucionais Qualificados (QIB): até 4.25.000 ações

  • Investidores Não Institucionais (NII): até 3.22.000 ações

  • Investidores Individuais de Varejo (RII): até 7.46.000 ações

  • Market Maker: até 1.13.000 ações

Utilização dos recursos arrecadados

Os recursos líquidos obtidos com a oferta serão destinados à aquisição de novos equipamentos para a unidade de produção, reforço do capital de giro, amortização parcial ou total de dívidas em aberto e outras finalidades corporativas gerais.

A tranche para investidores âncoras será aberta no dia 8 de julho de 2025. O período de subscrição pública decorre entre os dias 9 e 11 de julho de 2025.

O coordenador líder da oferta é a Sobhagya Capital Options Private Limited, e o registo ficará a cargo da Maashitla Securities Private Limited.

Declaração da administração da empresa

O Diretor Executivo da Asston Pharmaceuticals Limited, Dr. Ashish Narayan Sakalkar, afirmou: “Estamos entusiasmados por anunciar a entrada da Asston Pharmaceuticals no mercado de capitais, um passo crucial na nossa trajetória de crescimento, inovação e compromisso com a excelência na área da saúde. Este IPO representa um marco importante na nossa evolução como fabricante de medicamentos, oferecendo soluções terapêuticas de qualidade, acessíveis e confiáveis para diversos segmentos.”

Sakalkar destacou ainda que a empresa vem ampliando gradualmente a sua presença no setor, com um portefólio robusto de formulações, foco na eficiência produtiva e forte conformidade regulatória. “Investimos continuamente em infraestruturas, talento humano e investigação e desenvolvimento para garantir um crescimento sustentável”, reforçou o executivo.

Indicadores do mercado cinzento (GMP) e estimativas de retorno

Segundo dados mais recentes, o prémio no mercado cinzento (GMP) da IPO da Asston Pharmaceuticals alcançou ₹10 em 5 de julho, após ter iniciado a ₹0 no dia anterior. Atualmente, o GMP mantém-se nos ₹10.

  • Taxa Kostak: não divulgada até o momento.

  • Valor estimado ‘Subject to Sauda’: ₹7.600

  • Retorno esperado: 8%

Detalhes adicionais sobre a emissão

A IPO será estruturada como uma emissão do tipo book building, composta exclusivamente por uma oferta primária no valor total de ₹27,56 crores. O preço por ação será definido dentro da faixa de ₹115 a ₹123.

A distribuição por tipo de investidor será: 35% para o público de varejo, 50% para QIBs e 15% para HNIs (investidores de grande porte). A data prevista para listagem das ações na BSE é 16 de julho de 2025, com a alocação final agendada para 14 de julho de 2025.

Resultados financeiros impulsionam confiança

Em termos de desempenho financeiro, a empresa registou uma receita de ₹25,61 crores no ano de 2025, contra ₹15,84 crores em 2024. O lucro também apresentou um crescimento expressivo, saltando de ₹1,36 crores em 2024 para ₹4,33 crores em 2025.

Com base nesses resultados, analistas recomendam o investimento na IPO da Asston Pharmaceuticals com uma perspectiva de longo prazo, apostando no contínuo crescimento e fortalecimento da empresa no setor farmacêutico indiano.

Empresas

Nova reserva contracíclica do Banco de Portugal impõe maior exigência de capital ao BCP

O Banco de Portugal anunciou a introdução de uma nova reserva de capital contracíclica de 0,75%, que incidirá sobre a exposição dos bancos ao setor privado não financeiro em Portugal. Esta medida está prevista para entrar em vigor a partir de 1 de janeiro de 2026, tanto numa base individual como consolidada.

A decisão insere-se na estratégia do regulador para reforçar a resiliência do sistema financeiro nacional face a eventuais choques económicos, num contexto em que os riscos para a estabilidade financeira aumentaram nos últimos anos. A reserva contracíclica pretende, assim, funcionar como um colchão adicional que os bancos terão de constituir para prevenir desequilíbrios nos ciclos económicos.

Segundo cálculos efetuados com base nos relatórios e contas de 2023, o banco que enfrentará o maior impacto desta medida é o BCP (Banco Comercial Português). O Jornal Económico analisou os Ativos Ponderados pelo Risco (RWA – Risk-Weighted Assets) das principais instituições financeiras do país e apurou que o BCP detinha, no final do ano passado, 39.751 milhões de euros em RWAs.

Aplicando a nova taxa de 0,75% sobre esse montante, o BCP terá de constituir uma reserva adicional de aproximadamente 297,9 milhões de euros. Trata-se, portanto, da maior almofada exigida entre os cinco maiores bancos a operar em Portugal.

Esta obrigação de reforço de capital poderá ter implicações diretas na estratégia de alocação de recursos do BCP, obrigando o banco a ajustar os seus planos de investimento, distribuição de dividendos ou até a sua política de concessão de crédito. Ainda que a medida só entre em vigor em 2026, as instituições terão de começar a preparar-se desde já para garantir o cumprimento dos requisitos regulamentares.

Recorde-se que a reserva contracíclica é uma ferramenta prudencial que tem vindo a ganhar relevância em vários mercados europeus, sobretudo em fases de crescimento económico mais prolongado, onde se acumulam vulnerabilidades financeiras. Ao exigir aos bancos que reforcem o seu capital em períodos de expansão, o regulador procura mitigar os efeitos de eventuais crises futuras.

No caso português, esta será a primeira vez que o Banco de Portugal estabelece uma taxa positiva para a reserva contracíclica, sinalizando uma mudança na perceção dos riscos associados à evolução do crédito ao setor privado. Os restantes bancos, embora com menor exposição do que o BCP, também terão de constituir reservas proporcionais ao seu nível de ativos ponderados pelo risco.

A medida reforça a tendência crescente de uma supervisão mais exigente no setor financeiro nacional, num momento em que os bancos portugueses apresentam níveis de capital mais robustos do que no passado, mas continuam a ser desafiados por um ambiente macroeconómico incerto e pelas exigências do novo quadro regulatório europeu.

Empresas

Produção automóvel na Europa pode parar dentro de semanas devido à escassez de Terras Raras

A indústria automóvel europeia enfrenta uma ameaça iminente: a escassez de terras raras pode levar à interrupção da produção já nas próximas quatro a seis semanas. Estes materiais são essenciais para a fabricação de motores elétricos e baterias de veículos elétricos, e a sua disponibilidade está a ser fortemente condicionada por restrições impostas pela China.

A situação começou a agravar-se em abril, quando o governo chinês começou a limitar as exportações de metais de terras raras, exigindo licenças específicas. No entanto, o sistema para emitir essas licenças não estava plenamente operacional, o que resultou, na prática, num bloqueio das exportações. Isso provocou uma escassez preocupante para os fabricantes de motores elétricos, afetando sobretudo as construtoras ocidentais, incluindo as alemãs, altamente dependentes destes componentes.

Nos últimos dias, surgiram indícios de que Pequim começou a emitir algumas licenças de exportação. A Volkswagen confirmou ter recebido informações sobre a emissão limitada de autorizações. Também a empresa chinesa Baotou Tianhe Magnetics Technology, uma das maiores fornecedoras de ímanes de alto desempenho para grupos como Volkswagen, Bosch e Brose, anunciou que voltou a exportar.

Contudo, essa retoma parcial não resolve o problema. Fontes do setor alertam que, apesar de algumas licenças estarem a ser concedidas, permanece o risco de novas suspensões súbitas devido a alegadas falhas burocráticas. Além disso, segundo informações de bastidores, a exportação pode ser recusada se o destino final dos materiais for os Estados Unidos ou se se suspeitar que os produtos fabricados com essas matérias-primas serão vendidos no mercado norte-americano.

De acordo com Christian Grimmelt, especialista da consultora Berylls by AlixPartners, os stocks atualmente disponíveis nas fábricas europeias poderão esgotar-se em apenas quatro a seis semanas. Após esse prazo, será inevitável parar linhas de produção. Grimmelt teme que isso comprometa seriamente o avanço da mobilidade elétrica na Europa. Além disso, os preços destes materiais aumentaram entre 40% e 50% nos últimos meses, o que já está a pressionar os custos operacionais das fabricantes.

Apesar da gravidade da situação, os grandes grupos automóveis alemães têm-se mostrado cautelosos nas declarações públicas. A Mercedes-Benz, por exemplo, reconhece a incerteza, destacando a complexidade e volatilidade da situação, mas evita fazer previsões. A marca afirma estar a acompanhar atentamente o processo de atribuição de licenças, embora sublinhe que muitas variáveis continuam em movimento, dificultando análises definitivas.

Também o grupo Volkswagen, que inclui as marcas Audi e Porsche, recusou avançar com previsões. Afirmou, no entanto, que, por enquanto, não existem ruturas no fornecimento de peças com terras raras e que os seus fornecedores estão a trabalhar ativamente com subfornecedores para garantir o acesso às licenças necessárias.

Analistas acreditam que a China está a usar esta incerteza como ferramenta estratégica. Ao manter os seus parceiros comerciais na dúvida e demonstrar poder sobre cadeias de abastecimento críticas, Pequim reforça a sua influência global. Este tipo de controlo lembra os choques logísticos durante os confinamentos chineses de 2021, quando navios ficaram parados à porta de portos chineses enquanto as autoridades testavam não só pessoas, mas também mercadorias, como salmão congelado, em busca do vírus da Covid-19.

Mundo

IRS Jovem: Novo modelo traz benefícios fiscais significativos para jovens até aos 35 anos

O novo regime do IRS Jovem, que entra em vigor em 2025, representa uma mudança estrutural nos apoios fiscais dirigidos à população jovem em Portugal. Ao contrário da versão anterior, este modelo deixa de exigir como critério a conclusão do ensino superior ou secundário, abrangendo agora todos os jovens até aos 35 anos de idade ou com um máximo de 10 anos de carreira contributiva.

Segundo simulações realizadas pela EY, esta alteração poderá traduzir-se num alívio fiscal significativo, sobretudo para os jovens que já estão no mercado de trabalho há mais de cinco anos e que, até agora, não beneficiavam do modelo anterior criado pelos Governos do Partido Socialista. Em alguns casos, a poupança anual pode mesmo ultrapassar o equivalente a um 15.º mês de salário.

Por exemplo, um jovem que aufira 1.000 euros brutos mensais e que já trabalha há seis anos poderá ter uma redução no IRS de 950 euros por ano, o que representa cerca de 68 euros por mês. Já um jovem com um salário de 1.500 euros mensais, na mesma situação, pode poupar até 1.710 euros por ano – cerca de 122 euros mensais.

Para os que iniciarem a sua vida profissional em 2025, o impacto será ainda mais expressivo. Um jovem com um salário mensal de 1.000 euros terá uma isenção total de IRS no primeiro ano, poupando mais de mil euros. No caso de um salário de 1.500 euros, o desconto ascende a 2.462 euros. E, para quem começar com um rendimento de 2.000 euros, o alívio fiscal ultrapassará os quatro mil euros anuais, o que equivale a cerca de 288 euros por mês.

O novo regime prevê uma isenção total no primeiro ano de trabalho. Essa isenção será reduzida de forma progressiva: 75% no segundo ao quarto ano, 50% do quinto ao sétimo ano e 25% do oitavo ao décimo ano. Este escalonamento visa distribuir os benefícios ao longo de uma década de carreira.

Existe, no entanto, um limite definido: os rendimentos coletáveis isentos de imposto não podem ultrapassar os 55 Indexantes dos Apoios Sociais (IAS), o que corresponde atualmente a cerca de 28 mil euros anuais, abrangendo até ao sexto escalão do IRS.

O acesso ao benefício inicia-se com a entrega da primeira declaração de rendimentos em nome próprio, sem estar como dependente dos pais. Caso essa declaração seja submetida apenas em 2026, o benefício será aplicado retroativamente através de acertos anuais.

A medida resulta de um compromisso entre o Governo e o PS. A proposta inicial do Executivo previa isenções nos primeiros 13 anos de trabalho, enquanto o PS defendia um período mais curto, de sete anos. O acordo final fixou-se nos 10 anos, permitindo um equilíbrio entre apoio fiscal e sustentabilidade orçamental.

Com este novo modelo, o IRS Jovem torna-se uma ferramenta mais abrangente e relevante para apoiar os jovens trabalhadores portugueses, proporcionando-lhes um estímulo concreto à entrada e permanência no mercado de trabalho, independentemente da sua formação académica.

Empresas

Ouro valoriza com fraqueza do dólar e procura por ativos de refúgio

O preço do ouro registou uma valorização superior a 2% esta sexta-feira, impulsionado pela desvalorização do dólar e pelo aumento da procura por ativos considerados de refúgio, numa altura em que os mercados aguardam a próxima decisão de política monetária da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), prevista para o final da semana.

O ouro à vista subiu 2,3%, atingindo os 3.315,62 dólares por onça às 9h44 (hora de Nova Iorque). Já os contratos futuros de ouro nos Estados Unidos registaram um aumento de 2,5%, para 3.324,50 dólares por onça.

O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana face a uma cesta de outras divisas, caiu 0,5%. Esta descida torna o ouro mais acessível para investidores que utilizam outras moedas, aumentando assim a atratividade do metal precioso.

A tensão no panorama internacional também contribuiu para o cenário favorável ao ouro. O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no domingo uma tarifa de 100% sobre filmes produzidos no estrangeiro, reacendendo os receios em torno das consequências de uma potencial guerra comercial global.

Segundo Jim Wyckoff, analista sénior da Kitco Metals, “estamos a assistir a um fluxo contínuo de procura por ativos de refúgio, o que tem mantido os preços do ouro em alta. No curto prazo, é provável que o ouro continue a negociar acima dos 3.000 dólares.”

Wyckoff acrescentou ainda que “não se espera qualquer alteração nas taxas de juro na reunião da Fed, mas o mercado estará atento aos sinais que indiquem uma possível mudança de direção da política monetária.”

Os investidores aguardam com expectativa as declarações do presidente da Fed, Jerome Powell, marcadas para quarta-feira, na esperança de obter pistas sobre o rumo futuro das taxas de juro. Desde dezembro, a taxa de juro diretora da Fed tem sido mantida entre 4,25% e 4,50%.

Embora o mercado espere que as taxas permaneçam inalteradas nesta reunião, poderá ser a última vez que a decisão se revele tão previsível. A imposição das novas tarifas por parte da administração Trump lançou uma sombra de incerteza sobre as perspetivas económicas.

O ouro, tradicionalmente visto como uma proteção contra períodos de instabilidade e um ativo favorecido em ambientes de taxas de juro baixas, tem beneficiado de forma significativa. Em 2025, o metal já valorizou 26,3%, tendo alcançado vários máximos históricos ao longo do ano.

O banco Goldman Sachs prevê que o ouro continue a superar o desempenho da prata. Contudo, dada a forte correlação entre ambos os metais, espera-se que a procura renovada por ouro em 2025 também impulsione os preços da prata.

Neste mesmo contexto, a prata à vista registou um aumento de 1,3%, situando-se nos 32,39 dólares por onça. O preço do platina também subiu 0,4%, para 963,76 dólares. Em contrapartida, o paládio caiu 0,7%, fixando-se nos 947,15 dólares.

Empresas

Setor dos smartphones recondicionados enfrenta falta de mão de obra qualificada, alerta a Swappie

A Swappie, empresa especializada na venda de smartphones recondicionados, lançou um alerta sobre os desafios enfrentados pelo setor, destacando a escassez de profissionais qualificados e o domínio dos fabricantes originais como obstáculos ao crescimento do mercado.

Num relatório recentemente divulgado, intitulado White Paper, a empresa identifica dois grandes entraves ao desenvolvimento do setor. O primeiro prende-se com a forte concentração de poder nas mãos dos fabricantes originais, que controlam o acesso a componentes e a manuais de reparação. Esta limitação, segundo a Swappie, impede que outras empresas possam operar em igualdade de condições e inibe a concorrência.

O segundo desafio diz respeito à falta de mão de obra especializada. A empresa salienta a urgência de criar mais programas de formação técnica na área da reparação de dispositivos, bem como de adotar políticas de imigração estratégicas que ajudem a colmatar esta lacuna no mercado de trabalho.

A Swappie sublinha ainda a importância de uma melhor aplicação das regras do IVA marginal, um regime fiscal específico para bens em segunda mão, como forma de prevenir fraudes fiscais e tornar o mercado mais transparente e eficiente.

Para além das questões estruturais, a empresa também chama a atenção para o impacto ambiental da indústria dos smartphones. Segundo os dados do relatório, cerca de 85% da pegada de carbono de um telemóvel corresponde à sua produção inicial, representando cerca de 80 kg de emissões de dióxido de carbono por unidade.

Neste contexto, a Swappie defende que a compra de equipamentos recondicionados constitui uma alternativa mais sustentável. A empresa estima que a aquisição de um smartphone recondicionado reduz as emissões em até 78%, contribuindo significativamente para a diminuição do impacto ambiental da tecnologia.

Com estes dados, a Swappie pretende promover uma reflexão sobre as práticas atuais do setor e apelar à criação de políticas que favoreçam a economia circular, a inclusão de mão de obra qualificada e a proteção do meio ambiente.

Mundo

Petróleo afunda mais de 6% devido às tarifas de Trump e ao aumento acelerado da produção da OPEP+

Os preços do petróleo registaram uma queda acentuada esta quinta-feira, pressionados por dois acontecimentos de grande impacto: a decisão do grupo OPEP+ de acelerar o aumento da produção de petróleo já em maio e o anúncio de novas tarifas comerciais abrangentes por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na quarta-feira.

Por volta das 13h05 GMT, os futuros do Brent recuavam 4,93 dólares, ou 6,58%, situando-se nos 70,02 dólares por barril. Já os contratos do crude West Texas Intermediate (WTI), de referência nos Estados Unidos, caíam 5,07 dólares, ou 7,07%, sendo negociados a 66,64 dólares por barril.

Na reunião ministerial realizada esta quinta-feira, oito países membros da OPEP+ concordaram em antecipar os planos de aumento da produção. Em vez dos 135.000 barris por dia (bpd) inicialmente previstos para maio, o grupo decidiu colocar no mercado 411.000 bpd, numa tentativa de responder às dinâmicas atuais da procura e oferta.

“Primeiro vieram os receios de recessão e de queda na procura, impulsionados pela ofensiva tarifária de Trump, e agora junta-se a perspetiva de um aumento na oferta por parte da OPEP+. Como resultado, o crude sofreu um colapso em dois dias, anulando mais de metade dos ganhos do mês passado”, comentou Ole Hansen, analista do Saxo Bank. “A menos que sanções diretas ou tarifas secundárias retirem barris do mercado, os investidores voltarão a focar-se no risco de excesso de oferta e consequente pressão nos preços.”

Antes mesmo da reunião da OPEP+, os mercados já reagiam negativamente às tarifas anunciadas por Trump, com o preço do petróleo a cair cerca de 4%. Investidores receiam que estas medidas comerciais venham a desencadear uma guerra comercial de grandes proporções, afetando o crescimento económico global e reduzindo a procura por combustíveis.

Na quarta-feira, Trump revelou a aplicação de tarifas mínimas de 10% sobre a maioria dos bens importados para os Estados Unidos — o maior consumidor mundial de petróleo — com taxas significativamente mais altas sobre produtos oriundos de dezenas de países. No entanto, segundo a Casa Branca, as importações de petróleo, gás e produtos refinados ficarão isentas destas novas tarifas.

Face a este cenário, os analistas do UBS decidiram rever em baixa as suas previsões para o preço do petróleo nos anos de 2025 e 2026, reduzindo as estimativas em três dólares por barril, para os 72 dólares.

Com o ambiente global a tornar-se cada vez mais volátil, analistas e operadores antecipam fortes oscilações nos preços do petróleo a curto prazo. A incerteza prende-se com a possibilidade de alguns países tentarem negociar tarifas mais baixas ou imporem medidas retaliatórias. “As contramedidas são iminentes e, a julgar pela reação inicial do mercado, a recessão e a estagflação tornaram-se possibilidades assustadoras”, afirmou Tamas Varga, analista da PVM.

“Como as tarifas são, em última instância, pagas pelos consumidores e empresas nacionais, o seu custo acabará por aumentar, limitando o crescimento da riqueza económica”, acrescentou.

A contribuir ainda mais para o pessimismo dos mercados, os dados divulgados na quarta-feira pela Administração de Informação sobre Energia dos EUA mostraram que os inventários de crude nos Estados Unidos aumentaram inesperadamente em 6,2 milhões de barris na última semana. Este número contrasta fortemente com as previsões dos analistas, que apontavam para uma redução de 2,1 milhões de barris.

Num contexto de elevada incerteza económica e sinais contraditórios entre oferta e procura, os preços do petróleo enfrentam agora um período de grandes desafios e instabilidade, com os investidores atentos a novos desdobramentos nas frentes geopolítica e económica.

Mundo

Novo Smart #3 estreia-se em Portugal no início de 2025 com preços já anunciados

O novo Smart #3 já tem chegada marcada ao mercado português para o início de 2025, sendo esperado nos concessionários nacionais logo nos primeiros meses do ano. A gama será composta por quatro versões principais — Pro, Pro+, Premium e Brabus — às quais se junta uma edição especial comemorativa dos 25 anos da marca.

Design mais ousado e atlético

Com uma estética marcadamente desportiva, o Smart #3 apresenta um design musculado, destacando-se pela frente em formato “nariz de tubarão” e pelas linhas fluídas e robustas da carroçaria. A grelha inferior de grandes dimensões e os faróis LED finos conferem-lhe um visual arrojado e moderno, complementado por detalhes em estilo pixelizado nas luzes traseiras.

As jantes em liga leve de 19 polegadas fazem parte do equipamento de série, com a versão mais desportiva Brabus a subir a fasquia para 20 polegadas, reforçando a sua vocação atlética.

Interior sofisticado e tecnológico

O habitáculo aposta num ambiente luminoso, graças ao tejadilho panorâmico com design em forma de halo, que amplia a sensação de espaço e luz natural a bordo. No posto de condução, destaca-se o painel de instrumentos digital de 9,2 polegadas, acompanhado por um ecrã multimédia táctil de 12,8 polegadas, com gráficos em 3D e funcionalidades avançadas.

Uma das novidades é o assistente virtual inteligente integrado no sistema de infoentretenimento. Ao contrário do Smart #1, onde a mascote era uma raposa, o #3 apresenta agora uma chita, representando melhor a velocidade e dinamismo do modelo totalmente eléctrico.

O Smart #3 inclui ainda um conjunto abrangente de tecnologias de apoio à condução, como o assistente de manutenção na faixa de rodagem, sistema de ajuda ao estacionamento e o assistente de condução em auto-estrada.

Potência eléctrica e autonomia

No que toca à motorização, o Smart #3 mantém as mesmas opções do seu antecessor, o Smart #1. As versões Pro, Pro+, e Premium contam com um motor traseiro de 200 kW (272 cv) e 343 Nm de binário, garantindo prestações dinâmicas e eficientes.

A versão Brabus, no entanto, eleva significativamente a potência, com dois motores que asseguram tracção integral e um total de 315 kW (428 cv) e 543 Nm, oferecendo uma experiência de condução ainda mais entusiasmante.

A gama está equipada com uma bateria de 66 kWh, que proporciona uma autonomia entre 435 e 455 quilómetros, dependendo da versão. A variante Brabus, devido à maior potência, oferece uma autonomia ligeiramente inferior, de 415 quilómetros.

A versão de entrada Pro distingue-se por utilizar uma bateria mais compacta de 49 kWh, permitindo percorrer até 330 quilómetros com uma única carga.

Preços revelados gradualmente

Apesar de ainda não terem sido revelados os preços para todas as versões, a Smart Portugal anunciou já os valores para duas das opções. A versão Pro+ estará disponível a partir dos 42.950 euros, enquanto o topo de gama Brabus terá um preço inicial de 50.450 euros.

A marca optou por uma estratégia de divulgação faseada, pelo que é esperado que os restantes preços sejam conhecidos nas próximas semanas, à medida que se aproxima o lançamento oficial.

Com este novo modelo, a Smart aposta forte no mercado dos eléctricos compactos e desportivos, oferecendo uma proposta moderna, tecnológica e adaptada aos desafios da mobilidade sustentável.

Empresas

Walgreens perto de acordo de US$ 10 mil milhões para privatização com Sycamore

A Walgreens Boots Alliance Inc (NASDAQ:WBA) está prestes a concluir um acordo com a empresa de private equity Sycamore Partners para tornar a cadeia de farmácias privada, numa transação avaliada em cerca de 10 mil milhões de dólares, segundo um relatório do Wall Street Journal publicado na segunda-feira, citando fontes familiarizadas com o assunto.

O acordo poderá ser fechado já na quinta-feira, a menos que surjam complicações de última hora, informou o jornal.

Na sequência da notícia, as ações da Walgreens subiram mais de 5% no pregão pré-abertura de terça-feira.

Segundo o relatório, a Sycamore deverá pagar entre US$ 11,30 e US$ 11,40 por ação em dinheiro, com um valor adicional possível atrelado a metas de desempenho.

Caso a operação avance, a Sycamore deverá manter as principais operações de retalho da Walgreens nos EUA, ao mesmo tempo que pode vender ou abrir o capital de outras divisões da empresa, segundo o Wall Street Journal.

Analistas da Leerink Partners afirmaram que já tinham realizado análises sobre uma aquisição alavancada (LBO) de toda a estrutura da Walgreens Boots Alliance por um valor de US$ 12 por ação, mas consideraram difícil obter um retorno sólido nessa operação. Também destacaram que o valor de compra relatado está abaixo desse patamar.

“Como sempre, analisamos esses relatórios com cautela e continuamos a ver um futuro incerto para a WBA, seja como empresa pública ou privada. Também esperamos que, caso o acordo seja concretizado, haja um spread razoável, mesmo que esta não seja uma transação estratégica”, acrescentaram os analistas.

Outrora uma das principais redes de farmácias dos EUA, a Walgreens viu o seu valor de mercado cair de mais de 100 mil milhões de dólares em 2015 para menos de 8 mil milhões no final de 2024. A empresa tem enfrentado dificuldades devido à redução das margens no seu negócio de prescrições médicas e à sua fracassada expansão para o setor de cuidados primários.

Sob a liderança do CEO Tim Wentworth, a Walgreens tem fechado lojas com baixo desempenho e procurado estabilizar as suas operações de retalho, conforme indicou o relatório.

A Sycamore, conhecida pelos seus investimentos no setor do retalho, adquiriu anteriormente a Staples em 2017.

Mundo

Dacia Sandero: nova geração já disponível a partir de 8 600 euros

A nova geração do Dacia Sandero e do Sandero Stepway já chegou ao mercado nacional, com um preço base de 8 600 euros. O modelo apresenta melhorias significativas face à versão anterior, lançada em 2013, destacando-se por um design renovado e um habitáculo mais moderno e próximo da identidade visual do Duster.

Design exterior e interior aprimorado

A evolução estética é evidente, com destaque para a dianteira redesenhada, onde sobressaem os faróis de nevoeiro e a nova assinatura luminosa da Dacia. Os faróis diurnos em LED incorporam quatro blocos retangulares, um estilo que também se estende às luzes traseiras.

O Sandero Stepway, por sua vez, reforça a sua identidade SUV com uma altura ao solo aumentada, proteções dianteiras e traseiras cromadas, plásticos de proteção lateral, saída de escape cromada e barras de tejadilho funcionais. Estas características tornam-no mais robusto e preparado para enfrentar diferentes tipos de terrenos.

No interior, o habitáculo também recebeu melhorias significativas. O novo design do volante e das saídas de ar no tabliê conferem um ar mais moderno. No entanto, um dos grandes trunfos do modelo continua a ser o espaço interior, especialmente para os passageiros do banco traseiro, garantindo um elevado nível de conforto.

Maior funcionalidade e novas soluções de arrumação

A Dacia introduziu novas soluções de arrumação para aumentar a funcionalidade do Sandero. Entre as novidades, destaca-se um compartimento para o telemóvel, um porta-objetos na lateral da consola e um suporte para garrafas na consola central. Além disso, os passageiros do banco traseiro passam a contar com uma tomada de 12V para maior conveniência.

Motorizações disponíveis

A gama de motorizações oferece opções para diferentes perfis de condutores. O destaque vai para o novo motor a gasolina SCe 75, um bloco atmosférico de três cilindros e 1,0 litro, que debita 75 cv de potência e 97 Nm de binário máximo. Esta versão é a mais acessível da gama, com um preço inicial de 8 600 euros.

Além desta opção, a marca disponibiliza outras variantes, incluindo o motor TCe 90 a gasolina com sistema Start & Stop, uma versão GPL (TCe 90 Bi-Fuel S&S) e um bloco diesel dCi 90 S&S. As versões a diesel podem ser associadas a uma caixa manual ou a uma transmissão pilotada Easy-R, proporcionando mais flexibilidade na condução.

Preços e versões

Gasolina

  • SCe 75 Pack: 8 600 €

  • TCe 90 Confort: 10 950 €

  • TCe 90 Stepway: 12 950 €

  • TCe 90 SL Explorer: 13 100 €

GPL

  • TCe 90 Bi-Fuel Confort: 11 650 €

  • TCe 90 Bi-Fuel Stepway: 13 650 €

  • TCe 90 Bi-Fuel SL Explorer: 13 800 €

Diesel

  • dCi 90 Confort: 14 450 €

  • dCi 90 Stepway: 16 450 €

  • dCi 90 SL Explorer: 16 600 €

  • dCi 90 Easy-R Stepway: 16 950 €

  • dCi 90 Easy-R SL Explorer: 17 100 €

Com um preço competitivo e melhorias evidentes em design, conforto e tecnologia, o novo Dacia Sandero reforça a sua posição como uma das opções mais acessíveis no segmento dos compactos.